A IMPORTÂNCIA DO SIGNIFICADO DAS EMOÇÕES
Um dos assuntos que mais me atrai na psicologia é sobre as emoções. E dizer que elas foram consideradas por muito tempo sem grande importância para a ciência. Claro, é fácil entender: como "enxergar" as emoções? Quando se percebeu que elas geravam comportamentos, daí passaram a fazer algum sentido para os estudiosos.
Mas o que é emoção, afinal?
A emoção é reflexo da mente no corpo. Em geral, representa um padrão de pensamento amplificado e energizado - Eckhart Tolle ("O poder do agora").
É difícil conceituar a emoção, não é? Porém, é mais fácil reconhecer a alegria num sorriso, a expressão de nojo ou de medo num rosto, ou uma face triste. A raiva também é uma emoção básica como também a surpresa. Paul Ekman é quem se tornou mais respeitável no meio quando sugeriu determinadas emoções como "básicas", ou seja, em qualquer lugar do mundo, mesmo nos lugares que não têm contato com a civilização, seus experimentos conseguiram comprovar que elas existem e são seis [sentido esquerda-direita]: [1] tristeza; [2] medo; [3] surpresa; [4] nojo; [5] raiva; [6] alegria
Emoções são informações ou instruções?
Talvez você nunca tenha feito esta pergunta para si, não é? Pois então, se você souber esta distinção é o primeiro passo para uma reflexão de qual delas você precisa seguir. De fato, as emoções nos sequestram, pois são muito fortes já que são inatas. Creio que seja impossível aprendê-las, mas não quanto a saber se relacionar com elas. Um ator pode "encenar" uma tristeza e nos convencer que ele está triste mesmo, mas é um processo totalmente consciente de lidar com um comportamento ligado aquela emoção encenada.
Assim, provavelmente, consideramos nossas emoções um guia de instruções, pois nossos comportamentos obedecem a elas. Quem nunca esteve com tanta raiva que tinha vontade de quebrar algo ou a cara de outra pessoa? Os livros de psicologia são claros: elas sequestram nossas razões. Então, em que se baseia a teoria da inteligência emocional do Daniel Goleman? Nas minhas palavras: na ideia de enxergar as emoções como informações tão somente. Veja que uma informação você pode fazer o que quiser com ela, no sentido de reação.
E aqui trago outra teoria, do princípio 90/10 que popularizou com a obra do Stephen Covey, "Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes".
Princípio 90/10
Os 10% da vida estão relacionados com o que se passa com você, os outros 90% estão relacionados com a forma como você reage ao que se passa com você.
Por exemplo, não podemos evitar que o carro enguice, que o avião atrase, que o semáforo fique no vermelho. Mas, você é quem determinará os outros 90%. Este princípio reforça que precisamos lidar com as emoções como fossem um guia de informações, pois caberá a você como reagir. Não quero dizer que diante de algo muito triste você fique feliz, mas quanto a modular a intensidade. Veja que não há uma distinção de emoções positivas e negativas, pois todas são importantes, já que trazem informações.
Por assim, dizer, é importante ter medo, pois sem ele a raça humana não teria evoluído e já teríamos sido devorados pelos dinossauros.
Agilidade emocional
Susan David escreveu um belo livro, "Agilidade emocional". Para muitos, seria uma nova fase da "inteligência emocional" em razão da sua abordagem. Ela questiona: "quem está no controle, o pensador ou o pensamento?". Deveria ser o pensador, mas não é o que acontece na prática. A lição da mente do macaco, termo usado no budismo como o "dharma da distração", é sensacional. É o "incessante tagarela interior que pode saltar de um tema para outro como um macaco que salta de galho em galho".
O pior é que a mente do macaco é obcecada pela pressão do passado e pela atração do futuro, além da voz interior autoritária e altamente crítica. Segundo a autora, para finalizar este texto, "ter agilidade emocional significa estar consciente de todas as suas emoções e aceitá-las, até mesmo aprendendo com as mais difíceis".
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